Foto: Reprodução/Facebook |
Por Daiane Costa
Na sexta-feira, dia 26/06,
foi aprovada pela Suprema Corte dos Estados Unidos a união civil entre pessoas
do mesmo sexo. Desde então temos visto um grande número de pessoas colorindo
suas fotos de perfil nas redes sociais com as cores do movimento LGBT (as cores
do arco-íris).
Muitos deles são
pessoas que seguem a ideologia comunista-marxista, a ideologia de esquerda. E
isto não me surpreende! Não podia esperar outra coisa: afinal, o comunismo,
entre outros meios, utiliza-se da destruição da família para alcançar seus
objetivos mais sujos! O próprio Marx, no Manifesto Comunista, deixa bem claro
que a destruição da família, sua redefinição é essencial para a redefinição da
sociedade e assim obter o ambiente propício para o comunismo seja implantado. O
que fere o coração (e os olhos) são os católicos que estão cometendo esse
gesto...
Uma coisa é respeitar,
outra bem diferente é apoiar um movimento que: primeiro, vai contra tudo aquilo
que Cristo, através da Sua Igreja, nos determina; segundo, ridiculariza a fé que você,
enquanto católico, diz acreditar. Acolhemos o pecador, mas odiamos o pecado! Será que já se esqueceram dos gestos obscenos da Parada
Gay que aconteceu em São Paulo, há poucas semanas?
Católico,
ao colorir a foto do seu perfil você está apoiando este movimento que
ridicularizou o próprio Cristo, este Cristo em quem você diz acreditar e que
você diz ser seu Senhor! Ao colorir sua foto de perfil, você está apoiando um
projeto que nada tem de inocente. Muito pelo contrário: por detrás, há o objetivo
da destruição da família, em favor de projetos criminosos de poder.
Hoje celebramos São Pedro e São Paulo: que essa festa nos
lembre que nosso amor e reverência ao Santo Padre mostra-se também através da
obediência.
Ouvi
muitos comentários dizendo que o que consta nas Sagradas Escrituras são
posições ultrapassadas, que muitas delas foram alteradas, que se utilizaram da
Bíblia para defender aberrações como a escravidão, preconceito contra as
mulheres etc; e que não compreendemos a Bíblia verdadeiramente.
A profundidade dos ensinamentos da
Palavra de Deus é inesgotável, a Palavra é viva. Nenhum de nós chegará ao
seu conhecimento pleno. Sempre descobriremos novas riquezas na Palavra de Deus.
No entanto, posso dizer que compreendo o suficiente para afirmar o que afirmo. Graças
a Deus somos amparados pela Igreja, que nos mostra o caminho da verdade e nos
ilumina quanto àquilo que sozinhos não compreenderíamos!
Em primeiríssimo lugar, a Palavra de
Deus deve ser compreendida à luz do Espírito que a inspirou, o Espírito Santo
de Deus, o mesmo que conduz a Igreja. Em segundo lugar: o Antigo e o Novo
Testamento são uma unidade. O Antigo se cumpre no Novo e o Novo está presente no
Antigo. Ou seja, eles não podem ser lidos isoladamente, pois do contrário acontecem
interpretações equivocadas. Terceiro ponto: há diferentes gêneros literários na
Sagrada Escritura, e cada texto deve ler lido e compreendido levando em
consideração este gênero literário e o contexto histórico em que foi escrito,
para que possamos compreender o que o autor verdadeiramente disse e como esta
passagem foi interpretada ao longo dos séculos. Não se pode ler, por exemplo, o
livro do Levítico, da mesma forma em que se lê o Cântico dos Cânticos, ou o
Apocalipse, ou os Evangelhos! Não se lê poesia, da mesma forma que se lê um
ordenamento jurídico, ou da mesma forma que se lê um livro de estórias com
fundo moral, ou um livro histórico.
Na Escritura estão descritos sim muitos
ritos antigos do judaísmo. É preciso separar as coisas acidentais das essenciais.
Não podemos esquecer que o povo do Antigo Testamente estava no começo da
Revelação. E Deus, em sua misericórdia, usa de uma sábia pedagogia, de modo que
Ele, aos poucos, se mostra ao povo, à medida que eles são capazes de
compreender. Há coisas que eram toleradas no Antigo Testamento, mas não
aprovadas por Deus. Um exemplo é a própria questão do monoteísmo e da Trindade.
Somente no Novo Testamento Deus se revelou claramente como Trindade. Pois antes
eles não seriam capazes de compreender, mas seriam tentados a cair no
politeísmo, como a outros povos que os cercava.
Quarto ponto: há várias passagens no
Novo Testamento que condenam o homossexualismo, como Rm 1, 24-27; I Cor 6, 9-10
e I Tm 1, 10; ou quando o próprio Cristo reafirma e eleva a sacramento a união
entre um homem e uma mulher.
A questão do homossexualismo não é uma
mera questão jurídica. Trata-se de um ato contrário a lei natural, e qualquer
homossexual sabe que seu ato é contra a natureza. Como diz o Catecismo (parágrafos
2357 a 2359), "os atos homossexuais são contrários à lei natural. Fecham o
ato sexual ao dom da vida. Não procedem da complementaridade afetiva e sexual
verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados". O amor ao próximo
pressupõe que lhe sejamos verdadeiros. Os atos homossexuais são atos intrinsecamente desordenados. Tantos testemunhos de homossexuais afirmam a
mesma coisa. Muitos, vivendo a castidade, lutam a cada dia para alcançar uma
vida santa, unindo seus sofrimentos aos de Cristo.
Há aqueles que acusam o Papa Francisco
de apoiar a união homossexual, manipulando suas declarações. O Papa afirma
apenas aquilo que a Igreja sempre afirmou: acolhemos o pecador, mas odiamos o
pecado! Informo aos desavisados que o Papa é católico, e nunca trairá a fé!
Seus antecessores afirmam o mesmo. A Igreja sempre respeitou e acolheu os
homossexuais. No Catecismo encontramos isso, nos parágrafos que foram citados
acima; também encontramos isso em inúmeros documentos da Igreja anteriores ao
Papa Francisco, e ele mesmo reafirmou várias vezes a família como uma
instituição fundada por Deus, célula mãe da sociedade, constituída por um homem
e uma mulher, que se unem por amor e estão abertos aos filhos.
E digo com certeza: no momento em que
apresentamos aos homossexuais a verdade, com caridade, reprovando o ato, mas
acolhendo a pessoa que o cometeu e que quer recomeçar, eles se sentem muito
mais amados, acolhidos e respeitados do que através de toda essa militância
gayzista. O "amor" defendido por tantos, que legitima tudo, inclusive
a união homossexual, é um amor desordenado.
Por fim, a Sagrada Escritura, a Sagrada
Tradição e o Sagrado Magistério formam um tripé inseparável. Devem caminhar
juntos. Graças a Deus existe o Magistério da Igreja, intérprete fiel e
autêntico das Sagradas Escrituras e da Sagrada Tradição, que nos ilumina e
ajuda a caminhar pelo caminho correto, mostrando a verdade. Já dizia São Pedro
em sua carta, que "a Escritura não é objeto de interpretação
pessoal"!
A partir do momento em que escolhemos em
que acreditar, não estamos mais professando a fé da Igreja, mas a nós mesmos. A
fé é um dom que recebemos de Deus! E devemos aceitá-la como um todo, do
contrário, corremos o risco de estar pregando um outro Cristo. Infelizmente,
muitas vezes as pessoas querem fazer Deus à sua imagem e semelhança, sendo que
deve ser o contrário: nós é que devemos nos assemelhar a Ele.
E viva a família tradicional: homem e
mulher, que em suas diferenças se complementam e geram vida! Se não fosse esta
realidade, a humanidade já estaria extinta! Viva a Santa Igreja! Viva a família
tradicional, protegida em Constituição Federal, célula mãe da sociedade!
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