Foto: Reprodução do Youtube |
Ivanaldo Santos em zenit.org
Recentemente os brasileiros, sobretudo os internautas, tiveram acesso a um vídeo chamado: “Meu corpo, minhas regras”. O vídeo foi criado após uma polêmica envolvendo um filme chamado: “Olmo e a Gaivota”, que é um misto de documentário e ficção, onde se retrata o drama de uma atriz que se prepara para uma peça teatral e descobre que está grávida.
Tal filme, porém, tem passado por uma forte crítica, dentre outros fatores, por fazer uma radical defesa do aborto. Por causa disso, alguns atores, de uma das mais influentes emissoras de TV do Brasil, resolveram fazer um vídeo defendendo a tese de que o “aborto é uma opção da mulher e não um crime”. Tal vídeo, mais do que o próprio filme, gerou uma onda de protestos contra o aborto e os atores envolvidos. Portanto, não desejamos aqui aprofundar as críticas, mas apenas realizar seis afirmações.
1- O vídeo “Meu corpo, minhas regras” é simplório e se limita a repetir argumentos clássicos a favor do aborto, tipo: “o corpo é da mulher e ela tem o direito de abortar”, “só quem é contra o aborto são religiosos”, etc. Isso demonstra que, em tese, os grupos que defendem o aborto estão desatualizados, pois nas últimas décadas houve um grande avanço na ciência médica, na bioética, etc. Avanço que coloca em xeque ou simplesmente desmente todos esses argumentos.
3- O vídeo é preconceituoso. O motivo disso é que acusa os cristãos de serem os únicos culpados de existirem restrições ao aborto no Brasil. A questão é que todas as grandes tradições religiosas (judeus, islâmicos, etc) são contra o aborto. No entanto, os atores acusam apenas os cristãos. Existe no vídeo um claro caso de descriminação religiosa, nesse caso discriminação contra os cristãos.
4- O vídeo pode ser enquadrado no que o filósofo Gilles Lipovetsky chama de a “ética indolor dos nossos dias”, onde as pessoas, nesse caso atores famosos e ricos, estão muito preocupadas com árvores, com ovos de tartarugas, com leões em algum lugar remoto da África, mas não se preocupam com a vida humana, não se preocupam com o próximo e com o vizinho. No mundo da antiética indolor, atores e intelectuais famosos e ricos fazem campanhas para salvar, por exemplo, ovos de tartarugas e para proteger leões marinhos, mas não conseguem enxergar e muito menos proteger as multidões escravas das drogas, que vivem nas “cracolândias” da vida, as multidões que vivem nos lixões ou as multidões de inocentes vítimas das clínicas de abortos.
5- Diante do vídeo: “Meu corpo, minhas regras”, é preciso ficar atento e até mesmo ter uma postura investigativa. Por que, afinal, atores, com altos salários, gravaram um vídeo agressivo defendendo o aborto? O que existe, afinal, por trás desse vídeo? É preciso ter coragem para desmascarar os interesses políticos, econômicos e ideológicos por trás de um vídeo com esse conteúdo. Esses atores não são pessoas inocentes defendendo a causa da morte. Pelo contrário, é gente bem paga, que sabe o que faz.
6- Por fim, é preciso constatar, com tristeza, que no atual modelo de sociedade o ser humano quase não tem valor. Dentro da antiética indolor, em que vivemos, o ser humano é a última espécie a ser observada, cuidada e protegida. E isso se aplica ao grupo humano mais frágil, ou seja, o bebê no ventre da mãe. A antiética indolor da sociedade atual está pouco se importando com os bebês. O problema é que os seres humanos não nascem das árvores ou de ovos de tartarugas. Os seres humanos nascem fruto da gravidez e da gestação. Bons tempos aqueles em que atores ricos e famosos defendiam a paz mundial ou o desarmamento. Hoje em dia eles defendem a antiética indolor, defendem o aborto e outras coisas da cultura da morte.
Fonte: zenit.org
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