Matriz da Paróquia São Judas Tadeu - Petrópolis/RJ Foto: Davi Corrêa |
É certo que na Igreja católica existem muitas imagens sagradas, quadros religiosos e isso costuma gerar muita polêmica. Também se sabe que muitos católicos, por não saberem explicar ou se posicionar diante de tais acusações, ficam demasiadamente confusos. Entretanto, as respostas podem ser encontradas na Sagrada Escritura.
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Deus não se contradiz
É Ele quem dá a permissão para a construção de imagens. Isso é feito, não para que estas sirvam de objeto de adoração, mas para que sejam sinais da presença do próprio Deus. Esta ordem pode ser encontrada em Êxodo 25, 10-22.
"Farás dois querubins de ouro" e eles "terão suas assas estendidas para o alto, e protegerão com elas a tampa, sobre a qual terão a face inclinada". Este é o fragmento de onde Deus dá as instruções para a construção da Arca da Aliança.
O que são as imagens?
Logo, as imagens não são elementos merecedores de honras divinas, apenas são sinal da presença de Deus, como dito anteriormente. Em outras palavras, são sinais sensíveis e visíveis da presença do Criador, pois Ele mesmo, em sua infinita sabedoria, é conhecedor de que o povo precisava e ainda precisa disso.
Simplificando a passagem bíblica, Deus mandou construir uma serpente de bronze e os que para ela olhassem seriam curados. Ora, não era a serpente que curava o povo, mas o próprio Deus.
Antigo e Novo Testamento
No Antigo Testamento, os textos proíbem de se fazer imagens devido ao risco de o povo cair na idolatria. Aquela serpente de bronze que havia sido construída, Ezequias mandou destruir (cf. 2 Re 18, 4) quando o povo começou a prestar culto a ela, esquecendo-se de Deus. Já os textos do Novo Testamento que falam dos ídolos se referem propriamente a ídolos adorados por pagãos, e não a simples imagens.
Com tudo isso, aquela proibição fixada no Antigo Testamento permanece vigente no Novo Testamento, tem o mesmo objetivo: guardar os filhos de Deus dos ídolos (cf. 1 Jo, 5,21), ou seja, aquilo que busca “substituir” Deus.
Sobre as imagens sagradas na Igreja, Padre Henry Vargas Holguín, em um artigo ao site Aleteia, escreve que "veneramos os santos porque eles merecem o nosso respeito, admiração e gratidão. Graças às suas imagens, nós os recordamos e, ao mesmo tempo, eles nos trazem à mente verdades religiosas de grande proveito espiritual, dizendo-nos algo relacionado com as suas vidas".
Concluindo o assunto
Quando a Igreja expõe imagens sacras, não está convocando os fiéis a adorá-las. Católicos não são adoradores de imagens e nem tais imagens buscam, de forma alguma, substituir Deus. Conforme explicado, elas não param em si mesmas, mas são sinais de Deus e seu uso nas catedrais, basílicas, santuários, matrizes paroquiais e capelas tem aquela finalidade dos querubins em torno da Arca da Aliança e as representações no Templo de Jerusalém: recordar que é local santo, casa de Deus.
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