Papa Francisco e os fiéis durante a Audiência Geral de 15 de março de 2017 - Foto: Instagram - |
Diante de cerca de 12 mil fiéis presentes na Praça de São Pedro para a Audiência Geral desta quarta-feira, 15 de março, o Papa Francisco retomou o tema da esperança cristã e da alegria de amar e advertiu para o risco de um amor que seja hipócrita.
Depois da semana dedicada ao retiro quaresmal, em sua catequese o Pontífice retomou o tema da esperança cristã, inspirando-se desta vez no trecho da Carta aos Romanos que fala da alegria de amar.
Todavia, na Carta aos Romanos o Apóstolo adverte para o risco de um amor que seja hipócrita. “A hipocrisia pode se insinuar de várias maneiras, inclusive no nosso modo de amar”, alertou o Papa.
“Isso se verifica quando somos movidos por interesses pessoais, quando fazemos caridade para ganhar ‘visibilidade’, por amor interesseiro ou um ‘amor de novela’. A caridade não é uma criação humana. Pelo contrário, é antes de tudo uma graça; não consiste em mostrar aquilo que não somos, mas aquilo que o Senhor nos doa”, disse Francisco.
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São Paulo convida o homem a reconhecer que é pecador e que também o modo humano de amar é marcado pelo pecado. E então se compreende que “tudo o que podemos viver e fazer pelos irmãos nada mais é do que a resposta àquilo que Deus fez e continua fazendo por nós: o Senhor abre diante de nós uma via de libertação, de salvação, e dá também a nós a possibilidade de viver o grande mandamento do amor servindo aqueles que todos os dias encontramos no nosso caminho, a começar pelos últimos e pelos mais necessitados, nos quais Ele se reconhece por primeiro”.
“De fato, todos nós fazemos a experiência de não viver plenamente ou como deveríamos o mandamento do amor. Mas também esta é uma graça, porque nos faz compreender que também para amar precisamos que o Senhor renove continuamente este dom no nosso coração, através da experiência de sua infinita misericórdia”, disse.
De acordo com o Santo Padre, “somente assim voltaremos a apreciar as pequenas coisas, simples, de todos os dias; e seremos capazes de amar os outros como Deus os ama, isto é, procurando apenas o seu bem”.
Deste modo, finalizou Francisco, “nos sentiremos felizes por nos aproximarmos do pobre e do humilde, contentes por nos debruçarmos sobre os irmãos caídos por terra, a exemplo de Jesus”.
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