Papa Francisco durante a catequese desta quarta - Foto: captura de imagem / CTV - |
Dando continuidade ao ciclo de catequeses sobre a Esperança Cristã, o Papa Francisco refletiu nesta Quarta-feira de Cinzas (01/03) sobre a Quaresma e lembrou aos 10 mil fiéis presentes na Praça São Pedro que, por natureza, este é um caminho de esperança.
Francisco recordou que nestes quarenta dias, Deus convida o homem a sair das trevas e a caminhar rumo a Ele, que é a Luz. Quaresma é período de penitência com a finalidade de se renovar em Cristo, renascer do alto, do amor de Deus. “E é por isso que a Quaresma é, por natureza, tempo de esperança”, explicou o Papa.
“Simbolicamente dura 40 anos, ou seja, o tempo de vida de uma geração. Muitas vezes, o povo, diante das provações do caminho, sente a tentação de voltar ao Egito. Mas o Senhor permanece fiel e guiado por Moisés, chega à Terra prometida: venceu a esperança. É precisamente um ‘êxodo’, uma saída da escravidão para a liberdade. Cada passo, cada fadiga, cada provação, cada queda e cada reinício... tudo tem sentido no âmbito do desígnio de salvação de Deus, que quer para seu povo a vida e não a morte; a alegria e não a dor”, disse Francisco.
Papa Francisco sublinhou que a Páscoa de Jesus é também um êxodo. “Ele nos abriu o caminho e para fazê-lo, teve que se humilhar, despojar-se de sua glória, fazendo-se obediente até a morte na Cruz, libertando-nos, assim, da escravidão do pecado”, declarou.
“Mas isto não quer dizer que Ele fez tudo e nós não precisamos fazer nada; que Ele passou através da cruz e nós vamos ‘ao paraíso de carroça’... não”, afirmou Francisco.
Jesus indica o caminho da peregrinação pelo deserto da vida, um caminho exigente, mas cheio de esperança. Ele reafirma o sentido da Quaresma como “sinal sacramental de nossa conversão”.
“O êxodo quaresmal é o caminho no qual a própria esperança se forma. É um caminho dificultoso, como é justo que seja, mas um caminho pleno de esperança. Como o percorrido por Maria, que em meio ás trevas da Paixão e Morte de seu Filho, continuou a crer em sua ressurreição, na vitória do amor de Deus” concluiu o Santo Padre.
Com informações da Rádio Vaticano
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