- Papa Francisco e Padre Moisés. Foto: Pe. Moisés/Arquivo pessoal - |
Conforme foi noticiado pelo site Vatican News, ACI Digital e vários outros, no dia 15 de abril o Papa Francisco irá visitar a Paróquia São Paulo da Cruz, no bairro Corviale, em Roma.
Na Paróquia São Paulo da Cruz, há um sacerdote brasileiro exercendo o seu ministério. O nome dele é Padre Moisés Fragoso, do clero da Diocese de Petrópolis. Em entrevista ao blog Sim, sou Católico, ele conta com como foi receber a notícia de que o Papa lhes faria uma visita além de contar os bastidores dos preparativos para uma visita papal.
Padre Moisés está em Roma desde o segundo semestre de 2017 cursando Mestrado em Sagrada Liturgia.
SSC - Como foi receber a notícia de que o Papa visitaria a sua paróquia?
Pe. Moisés - É sempre uma grande graça, porque é a visita do pastor próprio de uma Diocese que vem para fortificar a fé daquela comunidade. O Papa é o Bispo dessa Diocese, então a visita dele em uma paróquia sua é algo grande, sempre muito forte e bonito além de ser uma oportunidade que as pessoas têm de estar com o seu Bispo.
É um momento muito bonito para a comunidade que lança o primeiro olhar, não para o Papa, mas para o Bispo da sua diocese que vem para anunciar o Evangelho e trazer as maravilhas de Deus neste lugar. Então foi uma experiência muito bonita.
SSC - Como é preparar uma paróquia para a visita de um Papa?
Pe. Moisés - É claro que esta experiência bonita tem tudo aquilo a ser preparado. É algo muito grande e é preciso colocar muita coisa no seu lugar. O Papa Francisco é de uma simplicidade muito grande e de uma humildade incrível, mas nós queremos servir o melhor possível para que ele possa se encontrar com as pessoas.
Veja também:
São muitas reuniões e encontros. É muito diferente, isso eu tenho que dizer, de receber a vista de um bispo diocesano “comum”. Porque um bispo diocesano quando vai a uma paróquia fica lá por um final de semana, às vezes, quando muito, quatro ou cinco dias. O Papa vai ficar conosco somente por algumas horas. E nessas horas que serão intensas, ele vai encontrar as crianças e seus pais, idosos, doentes, haverá algum encontro particular e encontro com os sacerdotes que trabalham na região, não só nós que moramos na paróquia. O Papa também vai confessar algumas pessoas, como ele faz sempre.
Vão ser três ou quatro horas, se não me engano, muito intensas, mas também muito ricas da graça de Deus. E para que essas quatro horas aconteçam bem é preciso trabalho de uma vida, praticamente, e estamos trabalhando há um bom tempo. Recebemos a notícia com cerca de um mês de antecedência, mas não podíamos dizer, pois havia o sigilo que o bispo auxiliar do vicariato pediu que mantivéssemos até a noite da Páscoa.
Tivemos grandes períodos de reuniões depois que a notícia foi anunciada para organizar aquilo que é o objetivo. Não temos tempo para fazer muita coisa como gostaríamos, mas trabalhamos para que o Papa se encontre com as pessoas: que ele possa falar, se quiser, possa cumprimentar, e que possa ver essa experiência do encontro do pastor com suas ovelhas.
- Pe. Moisés e Mons. Guido Marini. Foto: Pe. Moisés/Arquivo pessoal. - |
SSC - Para o senhor, como é viver esse momento marcante em sua vida sacerdotal?
Encontrar com o Papa, para mim, não é encontrar com uma pessoa famosa, um popstar, mas é encontrar com Jesus Cristo. Ninguém mais do que ele é o sinal visível de Cristo em nosso meio: não é a toa que ele é o Vigário de Cristo. Ninguém mais do que ele, ao me falar e ao falar para as pessoas, fala em nome de Cristo. Com toda a sua fragilidade humana e física, ele é o sinal mais evidente de Cristo que nós temos.
Então, para mim, é uma graça e alegria muito grande olhar para ele. É uma possibilidade de encontrar-me com o Senhor novamente de uma maneira diversa: não somente na Eucaristia, que já é ponto máximo, mas através de seu representante na Terra, que é o Santo Padre.
Recomendado para você
0 comentários:
Postar um comentário