No Brasil, a Folha de São Paulo entendeu tal frase do Pontífice como um aceno à ala conservadora do catolicismo. Mas será isso mesmo?
O que o Papa Francisco fez - e faz - sempre que toca no tema da "Defesa da Vida" é confirmar a tradição da Igreja, que "sempre considerou a vida humana como algo que deve ser protegido e favorecido, desde o seu início, do mesmo modo que durante as diversas fases do seu desenvolvimento" (cf. Declaração sobre o aborto provocado, n. 6).
Veja também:
"A Igreja afirmou, desde o século I, a malícia moral de todo o aborto provocado. E esta doutrina não mudou. Continua invariável. O aborto direto, isto é, querido como fim ou como meio, é gravemente contrário à lei moral" (Catecismo da Igreja Católica, n. 2271).
Em abril de 2017, o Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta publicou uma nota, da qual extraímos o seguinte trecho para concluir essa publicação:
"O coração do nosso pastoreio está ferido porque a lança da morte mais uma vez fere o coração de Cristo. Sofremos agora as dores que Ele toma para si porque somos um com Nosso Senhor. Advogaremos com Ele até o fim, mesmo depois de qualquer sentença dada, e não nos cansaremos de recorrer a favor da vida como direito natural dos concebidos, que para nós, cristãos, também é um direito divino, pois Jesus mesmo atesta: “Eu sou a vida” (Jo 14,6).
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