-Imagem referencial do Batismo. Foto: Pixabay - |
Uma leitora gostaria de saber qual é o posicionamento da Santa Igreja Católica para com relação aos padrinhos de batismo. "Recentemente, venho acompanhando casos de 'casais' homossexuais sendo padrinhos ou madrinhas, principalmente de crianças", afirma.
Ser padrinho é uma função de importância elevada e, por isso, não é qualquer pessoa que pode desempenhar esse papel.
A profundidade da natureza do encargo de padrinho é explicada no Catecismo da Igreja Católica, em seu número 1255 que diz que:
"Para que a graça batismal possa desenvolver-se, é importante a ajuda dos pais. Esse é também o papel do padrinho ou da madrinha, que devem ser pessoas de fé sólida, capazes e preparados para ajudar o novo batizado, criança ou adulto, no seu caminho de vida cristã. O seu múnus é um verdadeiro ofício eclesial".
Em sua função, os padrinhos devem esforçar-se para que o batizado viva uma vida cristã concernente com o Batismo e cumpra as obrigações que convém aos que receberam tal sacramento.
Homossexuais podem ser padrinhos?
Sobre as condições necessárias para ser padrinho de Batismo, a Igreja, por meio do Código de Direito Canônico (Cân. 874), determina 5 pontos, dos quais destacaremos os número um e três (com grifos nossos).
1°. Seja designado pelo batizando, por seus pais ou por quem lhes faz às vezes, ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou ministro, e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo;
3°. Seja católico, confirmado, já tenha recebido o santíssimo sacramento da Eucaristia e leve uma vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir.
Daí, vem as perguntas: a pessoa tem aptidão para cumprir o encargo de padrinho? Tem uma vida de acordo com a fé cristã católica para assumir e desempenhar tal papel?
Sobre o item 03, citado anteriormente, o Padre Paulo Ricardo afirma que é o que mais gera controvérsias face ao momento atual vivido pela sociedade.
"A normativa é bastante clara, inclusive no item 03, que é aquele que gera algumas controvérsias, em face do momento delicado que a sociedade está vivendo. Para atender a esse pré-requisito é preciso que os padrinhos escolhidos 'levem uma vida de acordo com a fé'. Mas, o que isso significa? No campo sexual, os escolhidos não podem estar vivendo uma situação de pecado, mantendo relações fora do sagrado matrimônio", afirma.
O sacerdote continua dizendo que "relações homossexuais não estão contempladas por esse sacramento, portanto, não é possível que alguém que viva qualquer dessas alternativas sejam admitidos como padrinhos, pois não preenchem o requisito".
A normativa da Igreja para os padrinhos de Batismo diz respeito a todos, pois trata-se de uma função, um ofício a ser desempenhado seja ela homossexual ou não. Logo, também aqueles que vivem uma vida sexual ativa e fora do sacramento do matrimônio não estão aptos a serem padrinhos.
Recomendamos que assistam o vídeo do Padre Paulo Ricardo sobre esse tema e também leiam uma matéria do site ACI Digital que ajudam a complementar esse conteúdo. O links estão abaixo.
- [VÍDEO] Padre Paulo Ricardo fala sobre padrinhos homossexuais
- Padrinhos homossexuais... O que a Igreja tem a dizer?
Há possibilidade de 2 mulheres ou 2 homens serem padrinhos?
Ainda sobre a questão dos padrinhos, o Código de Direito Canônico também fala sobre quantos podem ser e, antecipando a resposta: não, não podem ser dois homens ou duas mulheres.
"Haja um só padrinho ou uma só madrinha, ou então um padrinho e uma madrinha (Cân. 873)". Outra configuração não é permitida.
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