03 janeiro, 2020

É certo esperar o filho crescer para que ele escolha o batismo?


- Batismo de Jesus. Foto: Pixabay -

Um leitor enviou esta em dúvida sobre se deve ou não batizar o seu filho enquanto ainda é criança. Há o desejo de esperar que o bebê cresça e endenta "melhor a diferença entre fé e religião, fazendo assim que ele escolha qual religião quer seguir mas sempre sabendo que Deus é um só".

Ainda de acordo com nosso leitor, enquanto família, "sempre iremos ensinar ele o significado de Deus, a importância da vida, da fé". E eis a dúvida dele: "Eu posso deixar ele crescer e escolher ou ele pode ser batizado normalmente na Igreja Católica e, caso depois escolha ir para outra religião, teria problema?".




Como muitas outras pessoas também podem ter a mesma dúvida, resolvemos fazer essa publicação para ajudar ou pelo menos orientar. E, para isso, vamos citar dois documentos: o Catecismo da Igreja Católica e a instrução Pastoralis Actio.

Devo batizar meu filho bebê ou esperar até que ele cresça?


Na Igreja, o Batismo é tradado com máxima gravidade, visto que este Sacramento é a porta de entrada para da salvação. E sobre a conferência desse sacramento às crianças, o Catecismo da Igreja Católica, em seu número 1252 diz que: "A prática de batizar as crianças é tradição imemorial da Igreja".

"Explicitamente atestada desde o século II, é no entanto bem possível que, desde o princípio da pregação apostólica, quando 'casas' inteiras receberam o Batismo se tenham batizado também as crianças", afirma o Catecismo.




Pense com a instrução Pastoralis Actio: "O fato de as crianças não poderem ainda professar pessoalmente à sua fé não impede a Igreja de lhes administrar este Sacramento, porque na realidade ela os batiza na sua própria fé" (n.14).

Logo, como afirma Padre Paulo Ricardo em seu site, "os pais católicos que entendem a dimensão e a profundidade desse ato cuidam para que seus filhos o recebam o quanto antes".

Nós, católicos, cremos que o Batismo é uma verdadeira intervenção de Deus que tira uma criatura da escravidão do pecado, transformando-a em filho de Deus, abre a porta do céu e concede a graça de uma vida santa. Ou seja: o batismo é um ato de fé.

O Batismo não compromete a liberdade da criança


Sobre esperar seu filho crescer para que o mesmo escolha, parece querer dizer que há medo de influenciar na escolha dele, tirar a liberdade. No entanto, como diz a Pastoralis Actio, essa é uma posição completamente ilusória (cf. n. 22).

"Quando se pretende dizer que o sacramento do Batismo compromete a liberdade da criança, esquece-se sobretudo que todo o homem, mesmo o não batizado; enquanto criatura, tem para com Deus deveres imprescritíveis, que o Batismo ratifica e eleva com a adoção filial. Além disto, esquece-se que o Novo Testamento nos apresenta a entrada na vida cristã, não como uma servidão ou uma coação, mas como o acesso à verdadeira liberdade" (PA, n. 22).




Se ocorrer de no futuro a criança deixar de observar os seus deveres relacionados ao Batismo, é certo que os pais ficarão tristes ou até decepcionados. No entanto, terão cumprido o seu dever de batizar os próprios filhos e conferir a eles a educação cristã.

"Com efeito, não obstante as aparências, os germes da fé depositados na sua alma poderão um dia revivescer, para o que os mesmos pais contribuirão com a sua paciência, o seu amor, a sua oração e o seu testemunho autêntico da própria fé" (PA, n. 22).

Nosso conselho: creia com a Igreja. Batize seu filho! Ainda está com dúvida: converse com seu pároco.

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