- Papa durante Audiência Geral. Foto: captura de tela/YouTube Vatican News - |
Em continuidade ao ciclo de catequeses sobre a eucaristia, durante a Audiência Geral desta quarta-feira (20), o Papa Francisco recordou as duas partes que compõem a Missa – a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística – e iniciou a reflexão acerca dos ritos iniciais da celebração eucarística.
“A finalidade destes ritos introdutórios é fazer com que os fiéis congregados formem comunidade e se disponham a escutar com fé a Palavra de Deus e a celebrar dignamente a Eucaristia”, afirmou o Papa.
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O Pontífice também ressaltou a importância do fiel chegar com antecedência à celebração e não enfatizou que “não é um bom hábito olhar o relógio e dizer: ainda dá tempo, mas vou chegar durante a homilia e assim cumpro o preceito”.
“A Missa começa com o sinal da cruz e esses ritos introdutórios, porque ali começamos a adorar a Deus como comunidade. Por isso é importante prever para não chegar atrasado, mas sim com antecedência para preparar o coração a este rito, a esta celebração da comunidade”, afirmou o Santo Padre.
Francisco explicou que na procissão de entrada, o celebrante chega ao presbitério, saúda o altar com uma inclinação e, em sinal de veneração, beija-o e incensa-o, porque o altar é sinal de Cristo, que, oferecendo o seu corpo na cruz, tornou-Se altar, vítima e sacerdote. “Quando olhamos o altar, vemos onde Cristo está. O altar é Cristo”, disse.
Em seguida, o sacerdote e restantes membros da assembleia fazem o sinal da cruz. “Com este sinal, não só recordamos o nosso Batismo, mas afirmamos também que a oração litúrgica se realiza ‘em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo’, desenrola-se no espaço da Santíssima Trindade, que é espaço de comunhão infinita; toda a oração tem como origem e fim o amor de Deus Uno e Trino que se manifestou e nos foi doado na Cruz de Cristo”.
E mais uma vez Francisco pediu aos pais e aos avós que ensinem bem as crianças a fazer o sinal da cruz.
“Estamos no início da Missa e devemos pensar no significado de todos esses gestos e palavras. Estamos entrando numa ‘sinfonia’, na qual ressoam várias tonalidades de vozes, inclusive momentos de silêncio, com a finalidade de criar o ‘acordo’ entre todos os participantes, isto é, de se reconhecer animados por um único Espírito e para um mesmo fim”.
Esta sinfonia apresenta logo um momento tocante, que é o ato penitencial, isto é, o momento de reconhecer os próprios pecados. “Todos somos pecadores. Talvez alguns de vocês não”, brincou o Papa com fiéis, pedindo que o “não pecador” levantasse a mão para ser reconhecido pela multidão. “Vocês têm uma boa fé”, disse Francisco, já que ninguém se manifestou.
“Não se trata somente de pensar nos pecados cometidos, mas é muito mais: é o convite a confessar-se pecadores diante de Deus e dos irmãos, com humildade e sinceridade, como o publicano no templo”, concluiu o Papa, acrescentando que devido à sua importância, a próxima catequese será dedicada justamente ao ato penitencial.
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