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20 dezembro, 2017

Papa explica ritos introdutórios da Missa para "celebrar dignamente a Eucaristia"

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- Papa durante Audiência Geral. Foto: captura de tela/YouTube Vatican News -

Em continuidade ao ciclo de catequeses sobre a eucaristia, durante a Audiência Geral desta quarta-feira (20), o Papa Francisco recordou as duas partes que compõem a Missa – a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística – e iniciou a reflexão acerca dos ritos iniciais da celebração eucarística.




Aos fiéis reunidos na Sala Paulo VI, o Santo Padre explicou os seguintes momentos da Missa: a entrada, a saudação, o ato penitencial, o Kyrie Eleison, o Glória e a oração chamada Coleta, das intenções de todo o povo de Deus.

“A finalidade destes ritos introdutórios é fazer com que os fiéis congregados formem comunidade e se disponham a escutar com fé a Palavra de Deus e a celebrar dignamente a Eucaristia”, afirmou o Papa.

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O Pontífice também ressaltou a importância do fiel chegar com antecedência à celebração e não enfatizou que “não é um bom hábito olhar o relógio e dizer: ainda dá tempo, mas vou chegar durante a homilia e assim cumpro o preceito”.

“A Missa começa com o sinal da cruz e esses ritos introdutórios, porque ali começamos a adorar a Deus como comunidade. Por isso é importante prever para não chegar atrasado, mas sim com antecedência para preparar o coração a este rito, a esta celebração da comunidade”, afirmou o Santo Padre.

Francisco explicou que na procissão de entrada, o celebrante chega ao presbitério, saúda o altar com uma inclinação e, em sinal de veneração, beija-o e incensa-o, porque o altar é sinal de Cristo, que, oferecendo o seu corpo na cruz, tornou-Se altar, vítima e sacerdote. “Quando olhamos o altar, vemos onde Cristo está. O altar é Cristo”, disse.

Em seguida, o sacerdote e restantes membros da assembleia fazem o sinal da cruz. “Com este sinal, não só recordamos o nosso Batismo, mas afirmamos também que a oração litúrgica se realiza ‘em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo’, desenrola-se no espaço da Santíssima Trindade, que é espaço de comunhão infinita; toda a oração tem como origem e fim o amor de Deus Uno e Trino que se manifestou e nos foi doado na Cruz de Cristo”.

E mais uma vez Francisco pediu aos pais e aos avós que ensinem bem as crianças a fazer o sinal da cruz.




Depois o sacerdote dirige a saudação litúrgica à assembleia “O Senhor esteja convosco!” ao que o povo de Deus responde “E com o teu espírito” (no Brasil os fiéis respondem: “Ele está no meio de nós”).  Assim se expressa a fé comum e o mútuo desejo de estar com o Senhor e viver em união com toda a comunidade.

“Estamos no início da Missa e devemos pensar no significado de todos esses gestos e palavras. Estamos entrando numa ‘sinfonia’, na qual ressoam várias tonalidades de vozes, inclusive momentos de silêncio, com a finalidade de criar o ‘acordo’ entre todos os participantes, isto é, de se reconhecer animados por um único Espírito e para um mesmo fim”.

Esta sinfonia apresenta logo um momento tocante, que é o ato penitencial, isto é, o momento de reconhecer os próprios pecados. “Todos somos pecadores. Talvez alguns de vocês não”, brincou o Papa com fiéis, pedindo que o “não pecador” levantasse a mão para ser reconhecido pela multidão. “Vocês têm uma boa fé”, disse Francisco, já que ninguém se manifestou.

“Não se trata somente de pensar nos pecados cometidos, mas é muito mais: é o convite a confessar-se pecadores diante de Deus e dos irmãos, com humildade e sinceridade, como o publicano no templo”, concluiu o Papa, acrescentando que devido à sua importância, a próxima catequese será dedicada justamente ao ato penitencial.

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17 novembro, 2017

"A Missa é a oração por excelência", afirma Papa Francisco durante Audiência Geral

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- Papa Francisco durante a catequese de 15 de novembro de 2017. Foto: Captura de imagem/YouTube CTV -
Durante a Audiência Geral da última quarta-feira (17 de novembro), Papa Francisco, dando continuidade ao seu ciclo de catequeses sobre a Eucaristia, destacou que "a Missa é a oração por excelência, a mais elevada, a mais sublime, e ao mesmo tempo a mais 'concreta'".




Estar em oração - explicou o Santo Padre - significa acima de tudo, estar em diálogo, numa relação pessoal com Deus:  “o homem foi criado como ser em relação com Deus, que encontra a sua plena realização somente no encontro com o seu Criador. O encontro da vida é rumo ao encontro definitivo com o Senhor”.

A importância do silêncio


"A Missa, a Eucaristia é o momento privilegiado para estar com Jesus e por meio d’Ele, com Deus e com os irmãos", observou o Papa, depois de citar o encontro do Senhor com Moisés, e de Jesus quando chama os seus discípulos.

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"Rezar, como todo verdadeiro diálogo, é também saber permanecer em silêncio. No diálogo existem momentos de silêncio, no silêncio junto a Jesus. E quando nós vamos à Missa, talvez chegamos cinco minutos antes e começamos a conversar com quem está ao meu lado. Mas não é o momento de conversa! É o momento do silêncio para nos prepararmos para o diálogo. Momento de se recolher no coração para nos prepararmos para o encontro com Jesus. O silêncio é muito importante".

"Recordem o que eu disse na semana passada, sublinhou o Papa. Não vamos a um espetáculo. Vamos a um encontro com o Senhor e o silêncio nos prepara e nos acompanha".

Dirigir-se a Deus como "Pai"


"Jesus mesmo nos ensina como realmente é possível estar com o Pai e demonstra isto com a sua oração". Ele explica aos discípulos que o veem retirar-se em oração, que a primeira coisa necessária para rezar é saber dizer "Pai".




"E prestem atenção: se eu não sou capaz de dizer 'Pai' a Deus, não sou capaz de rezar. Devemos aprender a dizer 'Pai'. Tão simples. Dizer Pai, isto é, colocar-se na sua presença com confiança filial", alertou Francisco.

Humildade e condição filial


Mas para poder aprender isto, "é necessário reconhecer humildemente que temos necessidade de ser instruídos e dizer com simplicidade: Senhor, ensina-me a rezar".

"Este é o primeiro ponto: ser humildes, reconhecer-se filhos, repousar no Pai, confiar n’Ele. Para entrar no Reino dos Céus é necessário fazer-se pequenos como crianças, no sentido de que as crianças sabem entregar-se, sabem que alguém se preocupará com elas, com o que irão comer, o que vestirão e assim por diante".

Deixar-se surpreender


A segunda condição, também ela própria das crianças – continuou Francisco – "é deixar-se surpreender".

"A criança sempre faz mil perguntas porque deseja descobrir o mundo; e se maravilha até mesmo com as coisas pequenas, porque tudo é novo para ela. Para entrar no Reino dos céus, é preciso deixar-se maravilhar".

"Em nossa relação com o Senhor, na oração, deixamo-nos maravilhar? Ou pensamos que a oração é falar a Deus como fazem os papagaios?", pergunta Francisco. "Não! É entregar-se e abrir o coração para deixar-se maravilhar".

"Deixamo-nos surpreender por Deus que é sempre o Deus das surpresas? Porque o encontro com o Senhor é sempre um encontro vivo. Não um encontro de Museu. É um encontro vivo e nós vamos à Missa, não a um Museu. Vamos a um encontro vivo com o Senhor".

Nascer de novo


O Papa então recorda o episódio envolvendo Nicodemos, a quem o Senhor fala sobre a necessidade de "renascer do alto". "Mas o que significa isto? Se pode 'renascer"? Voltar a ter o gosto, a alegria, a maravilha da vida, é possível?".




Segundo Francisco, "esta é uma pergunta fundamental de nossa fé e este é o desejo de todo verdadeiro fiel: o desejo de renascer, a alegria de recomeçar. Nós temos este desejo? Cada um de nós tem desejo de renascer sempre para encontrar o Senhor? Vocês têm este desejo? De fato, se pode perdê-lo facilmente, por causa de tantas atividades, de tantos projetos a serem concretizados, e no final, resta pouco tempo e perdemos de vista o que é fundamental: a nossa vida de coração, a nossa vida espiritual, a nossa vida que é um encontro com o Senhor na oração".

Na Comunhão, Deus vai de encontro a minha fragilidade


O Senhor nos surpreende – disse o Papa – mostrando-nos que "Ele nos ama também em nossas fraquezas", tornando-se "a vítima de expiação pelos nossos pecados" e por aqueles do mundo inteiro.

"E este dom, fonte da verdadeira consolação – mas o Senhor nos perdoa sempre, isto consola, é uma verdadeira consolação, é um dom que nos é dado por meio da Eucaristia, aquele banquete nupcial em que o Esposo encontra a nossa fragilidade. Posso dizer que quando faço a comunhão na Missa o Senhor encontra a minha fragilidade? Sim, podemos dizer isto porque isto é verdade! O Senhor encontra a nossa fragilidade para nos levar de volta àquele primeiro chamado: o de ser a imagem e semelhança de Deus. Este é o ambiente da Eucaristia, esta é a oração".

Com informações da Rádio Vaticano.


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08 novembro, 2017

Missa não é espetáculo, declara Papa Francisco no início do novo ciclo de catequeses

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- Papa Francisco declarou que Missa não é espetáculo. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa -

O Papa Francisco deu início a um novo ciclo de catequeses onde, a cada quarta-feira, falará sobre a Eucaristia e a Santa Missa.

Após concluir o ciclo de catequeses sobre a esperança Papa Francisco afirmou que escolheu falar sobre este tema "para descobrir como, através deste mistério da fé, resplandece o amor de Deus".




E logo no primeiro dia do novo ciclo (08/11), Papa Francisco já deixou o recado para alguns fiéis, padres e bispos que em muitas vezes deixam de participar na celebração para dar atenção há coisas supérfluas, como, por exemplo, fotografar a Santa Missa.

"A mim provoca muita tristeza quando celebro aqui na Praça ou na Basília e vejo muitos celulares ao alto, não só dos fiéis, mas também de padres e até bispos", declarou.

Francisco explicou que "a Missa não é um espetáculo" e sim um caminhar "ao encontro da paixão e ressurreição do Senhor". E pediu: "nada de celulares".

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A formação litúrgica dos fiéis é algo indispensável para que haja uma participação ativa, consciente e plena durante as celebrações. Este é um tema central, que os Padres conciliares sublinharam durante o Concílio Vaticano II.

A Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilum, em seu número 11, diz que "para assegurar esta eficácia plena, é necessário, porém, que os fiéis celebrem a Liturgia com retidão de espírito, unam a sua mente às palavras que pronunciam, cooperem com a graça de Deus, não aconteça de a receberem em vão".

Francisco declarou que "um dos intentos fortes do Concílio Vaticano II era levar os cristãos a compreender a grandeza da fé e a beleza do encontro com Cristo; com esse objetivo, sob a guia do Espírito Santo, lançou mãos a uma adequada renovação da Liturgia, pois é dela que a Igreja incessantemente vive e é graças a ela que se renova".

"E esta é justamente a finalidade do clico de catequeses que hoje iniciamos: crescer no conhecimento do grande dom que Deus nos doou na Eucaristia", disse o Santo Padre.




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12 abril, 2017

Papa Francisco: Jesus é a semente da nossa esperança

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Papa Francisco durante a Audiência Geral desta quarta | Foto: captura de vídeo/CTV

Nesta Quarta-feira Santa (12/04), o Papa Francisco concedeu audiência geral aos fiéis na Praça São Pedro e destacou que Jesus trouxe ao mundo uma nova esperança, com o formato de uma semente, se fazendo pequeno.

“Quem podia imaginar que aquele que entrou triunfante na cidade teria sido humilhado, condenado e morto na cruz?”, questionou Francisco aos fiéis. “As esperanças daquele povo se desmancharam diante da cruz; mas nós cremos que precisamente Nele, crucificado, a nossa esperança renasceu. Que esperança é essa?”.

Segundo Papa Francisco, a frase que pode ajudar a entender esta esperança foi pronunciada justamente por Jesus depois de entrar em Jerusalém. “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto”.




Jesus, explicou o Papa, trouxe ao mundo uma nova esperança, com o formato de uma semente: se fez pequeno, como um grão de trigo; deixou a sua glória celeste para vir entre nós: “caiu na terra”. Mas não era suficiente.

“Se algum de vocês me perguntar: como nasce a esperança? Da cruz. Olhe para a cruz, olhe para Cristo crucificado e dali virá a esperança que jamais desaparece”, disse Francisco.

Para produzir fruto, Jesus viveu o amor até o fim, deixando-se romper pela morte como uma semente sob a terra. Justamente ali, no ponto extremo do seu abaixamento – que é também o ponto mais alto do amor – brotou a esperança.

Assim, na Páscoa, Jesus transformou o pecado em perdão, a morte em ressurreição, o medo em confiança. Esta é a transformação da Páscoa. “Eis o porquê ali, sobre a cruz, nasceu e renasce sempre a nossa esperança”.

“A esperança supera tudo, porque nasce do amor de Jesus”, prosseguiu Francisco. Quando se escolhe a esperança de Jesus, aos poucos é possível descobrir que o melhor modo de viver é o da semente, do amor humilde. “Não há outro modo de vencer o mal e dar esperança ao mundo”.




Papa Francisco afirma que esta parece ser uma lógica falida, “porque quem ama perde poder”. Entretanto, “para nós, possuir sempre nos leva a querer sempre mais”.

“Quem é voraz jamais está satisfeito”, recordou o Papa. E Jesus diz de modo claro: “quem ama a própria vida a perde”, ou seja: quem ama o próprio e vive por seus interesses, se enche de si e se perde. Quem ao invés aceita, é disponível e serve os outros, salva si mesmo e se torna semente de esperança para o mundo.

Contudo, a cruz é uma passagem obrigatória, mas a glória é a meta. É como uma mulher que, para dar à luz, sofre no parto. “É o que fazem as mães: dão outra vida. Sofrem, mas ficam felizes porque dão outra vida, dão sentido à dor. O amor é o motor que move a nossa esperança”, repetiu três vezes Francisco.

Ao concluir, Papa Francisco convidou os fiéis a se deixarem envolver pelo mistério de Jesus, que, “como grão de trigo, morrendo nos doa a vida”.

Com informações da Rádio Vaticano

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29 março, 2017

Papa Francisco convida a crer em Deus para sair do desespero e da morte

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Papa abençoa uma menina ao início da Audiência Geral. Foto: Lucía Ballester / ACI Prensa

(ACI) Na catequese desta quarta-feira na Audiência Geral, o Papa Francisco recordou a figura de Abraão, “Pai da fé”, que acreditou contra toda esperança, confiou e descobriu que Deus faz sair do desespero.

Abraão também “é pai na esperança e isso porque em sua vida já podemos acolher o anúncio da ressurreição, da vida nova que vence o mal e a própria morte”.

“O Deus que se revela a Abraão é o Deus que salva, o Deus que faz sair do desespero e da morte, o Deus que chama à vida. Na história de Abraão, tudo se torna um hino ao Deus que liberta e regenera, tudo se torna profecia”.




O Papa comentou a carta de São Paulo aos Romanos, que diz que Abraão, “acreditou, sólido na esperança, contra toda esperança”, dado que Deus lhe tinha prometido descendência embora fosse idoso e sua mulher estéril. “Neste ponto, Paulo nos ajuda a compreender a relação muito estreita entre a fé e a esperança”, acrescentou.

“Nossa esperança não se apoia sobre raciocínios, previsões e garantias humanas, se manifesta lá onde não há mais esperança, onde não há nada mais a esperar, precisamente como ocorreu com Abraão, diante da sua morte iminente e da esterilidade da sua mulher Sara”.

Francisco assegurou que “a grande esperança está enraizada na fé e precisamente por isso é capaz de ir além de qualquer esperança. Sim, porque não se baseia em nossa palavra, mas na Palavra de Deus”,

“Neste sentido somos chamados a seguir o exemplo de Abraão, o qual mesmo diante da evidência de uma realidade que parece voltada à morte, confia em Deus”.

“Este é o paradoxo e, ao mesmo tempo, o elemento mais forte, mais elevado, da nossa esperança! Uma esperança baseada em uma promessa que do ponto de vista humano parece incerta e imprevisível, mas que se manifesta até mesmo diante da morte, quando quem a promete é o Deus da Ressurreição e da vida”.

O Santo Padre concluiu pedindo a Deus “a graça de permanecer firmes não tanto em nossas seguranças, em nossas capacidades, mas na esperança que brota da promessa de Deus, como verdadeiros filhos de Abraão”. Assim, “nossa vida terá uma nova luz, na certeza de que Aquele que ressuscitou o seu Filho ressuscitará a nós também, tornando-nos uma só coisa com Ele, junto de todos os nossos irmãos na fé”.

Texto publicado originalmente em ACI Digital

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22 março, 2017

Papa Francisco: perseverança e consolação para semear esperança

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Papa Francisco durante Audiência Geral de 22 de março de 2017 / Foto: captura de tela/YouTube

Na Audiência Geral desta quarta-feira, 22 de março, Papa Francisco deu continuidade ao seu ciclo de catequeses sobre a esperança cristã, destacando a perseverança e a consolação, tratadas pelo Apóstolo Paulo na Carta aos Romanos.

Dirigindo-se aos cerca de 15 mil fieis presentes na Praça São Pedro, o Papa explicou que a perseverança ou paciência, é a capacidade de suportar, permanecer fiel, mesmo quando o peso é demasiado grande e existe a tentação para abandonar tudo.

A consolação, por sua vez, é a graça de saber perceber e manifestar a presença e a ação compassiva de Deus, em todas as circunstâncias, mesmo quando marcadas pela decepção e sofrimentos. “Deste modo nos tornamos fortes, a fim de poder permanecer próximos aos irmãos mais fracos, ajudando-os em suas fragilidades”, afirmou o Pontífice.




Francisco recordou que a perseverança e a consolação são transmitidas em modo particular pelas Escrituras. “A Palavra de Deus, em primeiro lugar, nos leva a dirigir o olhar a Jesus, a conhecê-lo melhor a conformar-nos a Ele, a nos assemelhar a Ele. Em segundo lugar, a Palavra nos revela que o Senhor é realmente ‘o Deus da perseverança e da consolação’, que permanece sempre fiel ao seu amor por nós e que cuida de nós, cobrindo as nossas feridas com o carinho da sua bondade e da sua misericórdia”.

A expressão de São Paulo, “nós que somos fortes, devemos suportar a fraqueza dos fracos e não procurar o que nos agrada” –,  explica o Papa – poderia parecer presunçosa, “mas na lógica do Evangelho sabemos que não é assim, é justamente o contrário, pois sabemos que a nossa força não vem de nós, mas do Senhor”.


“Quem experimenta na própria vida o amor fiel de Deus e a sua consolação é capaz, ou melhor, tem a obrigação de estar próximo aos fieis mais frágeis, assumindo as suas fragilidades. E pode fazer isto sem autossatisfação, mas sentindo-se simplesmente como um ‘canal’ que transmite os dons do Senhor; e assim se torna concretamente um ‘semeador’ de esperança”.

Papa Francisco disse que o fruto deste estilo de vida não é uma comunidade “em que alguns são de ‘série A’, isto é os fortes, e outros de ‘série B’, isto é, os fracos. O fruto, ao contrário, como diz São Paulo, é ter os mesmos sentimentos uns com os outros. A Palavra de Deus alimenta uma esperança que se traduz concretamente na partilha e no serviço recíproco”.

“Porque também quem é forte experimenta cedo ou tarde a fragilidade e tem necessidade do conforto dos outros; e vice-versa na fraqueza se pode sempre oferecer um sorriso ou uma mão ao irmão em dificuldade. E é uma comunidade assim ‘que a uma só voz dá glória a Deus’”.

Segundo o Pontífice, tudo isto é possível somente se coloca no centro Jesus e a sua Palavra. “Somente Ele é o ‘irmão forte’ que cuida de cada um de nós. De fato, todos temos necessidade de ser carregados pelo Bom Pastor e de sermos envolvidos pelo seu olhar terno e cuidadoso”.

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15 março, 2017

Durante catequese, Papa Francisco adverte sobre o amor hipócrita

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Papa Francisco e os fiéis durante a Audiência Geral de 15 de março de 2017 - Foto: Instagram - 

Diante de cerca de 12 mil fiéis presentes na Praça de São Pedro para a Audiência Geral desta quarta-feira, 15 de março, o Papa Francisco retomou o tema da esperança cristã e da alegria de amar e advertiu para o risco de um amor que seja hipócrita.

Depois da semana dedicada ao retiro quaresmal, em sua catequese o Pontífice retomou o tema da esperança cristã, inspirando-se desta vez no trecho da Carta aos Romanos que fala da alegria de amar.




O grande mandamento que Jesus deixou é amar a Deus e o próximo como a nós mesmos. “Somos chamados ao amor, à caridade. Esta é a nossa vocação mais sublime, a nossa vocação por excelência”, recordou Francisco.

Todavia, na Carta aos Romanos o Apóstolo adverte para o risco de um amor que seja hipócrita. “A hipocrisia pode se insinuar de várias maneiras, inclusive no nosso modo de amar”, alertou o Papa.

“Isso se verifica quando somos movidos por interesses pessoais, quando fazemos caridade para ganhar ‘visibilidade’, por amor interesseiro ou um ‘amor de novela’. A caridade não é uma criação humana. Pelo contrário, é antes de tudo uma graça; não consiste em mostrar aquilo que não somos, mas aquilo que o Senhor nos doa”, disse Francisco.


São Paulo convida o homem a reconhecer que é pecador e que também o modo humano de amar é marcado pelo pecado. E então se compreende que “tudo o que podemos viver e fazer pelos irmãos nada mais é do que a resposta àquilo que Deus fez e continua fazendo por nós: o Senhor abre diante de nós uma via de libertação, de salvação, e dá também a nós a possibilidade de viver o grande mandamento do amor servindo aqueles que todos os dias encontramos no nosso caminho, a começar pelos últimos e pelos mais necessitados, nos quais Ele se reconhece por primeiro”.




Papa Francisco declarou que a advertência de Paulo para uma forma de encorajar e a reavivar a esperança.

“De fato, todos nós fazemos a experiência de não viver plenamente ou como deveríamos o mandamento do amor. Mas também esta é uma graça, porque nos faz compreender que também para amar precisamos que o Senhor renove continuamente este dom no nosso coração, através da experiência de sua infinita misericórdia”, disse.

De acordo com o Santo Padre, “somente assim voltaremos a apreciar as pequenas coisas, simples, de todos os dias; e seremos capazes de amar os outros como Deus os ama, isto é, procurando apenas o seu bem”.

Deste modo, finalizou Francisco, “nos sentiremos felizes por nos aproximarmos do pobre e do humilde, contentes por nos debruçarmos sobre os irmãos caídos por terra, a exemplo de Jesus”.

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01 março, 2017

Papa Francisco: Quaresma é caminho natural de esperança

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Papa Francisco durante a catequese desta quarta - Foto: captura de imagem / CTV -

Dando continuidade ao ciclo de catequeses sobre a Esperança Cristã, o Papa Francisco refletiu nesta Quarta-feira de Cinzas (01/03) sobre a Quaresma e lembrou aos 10 mil fiéis presentes na Praça São Pedro que, por natureza, este é um caminho de esperança.

Francisco recordou que nestes quarenta dias, Deus convida o homem a sair das trevas e a caminhar rumo a Ele, que é a Luz.  Quaresma é período de penitência com a finalidade de se renovar em Cristo, renascer do alto, do amor de Deus. “E é por isso que a Quaresma é, por natureza, tempo de esperança”, explicou o Papa.




Neste sentido, é preciso olhar para a experiência do Êxodo do povo de Israel, que Deus libertou da escravidão do Egito por meio de Moisés, e guiou durante quarenta anos no deserto até entrar na Terra da liberdade.

“Simbolicamente dura 40 anos, ou seja, o tempo de vida de uma geração. Muitas vezes, o povo, diante das provações do caminho, sente a tentação de voltar ao Egito. Mas o Senhor permanece fiel e guiado por Moisés, chega à Terra prometida: venceu a esperança. É precisamente um ‘êxodo’, uma saída da escravidão para a liberdade. Cada passo, cada fadiga, cada provação, cada queda e cada reinício... tudo tem sentido no âmbito do desígnio de salvação de Deus, que quer para seu povo a vida e não a morte; a alegria e não a dor”, disse Francisco.

Papa Francisco sublinhou que a Páscoa de Jesus é também um êxodo. “Ele nos abriu o caminho e para fazê-lo, teve que se humilhar, despojar-se de sua glória, fazendo-se obediente até a morte na Cruz, libertando-nos, assim, da escravidão do pecado”, declarou.

“Mas isto não quer dizer que Ele fez tudo e nós não precisamos fazer nada; que Ele passou através da cruz e nós vamos ‘ao paraíso de carroça’... não”, afirmou Francisco.

Jesus indica o caminho da peregrinação pelo deserto da vida, um caminho exigente, mas cheio de esperança. Ele reafirma o sentido da Quaresma como “sinal sacramental de nossa conversão”.

“O êxodo quaresmal é o caminho no qual a própria esperança se forma. É um caminho dificultoso, como é justo que seja, mas um caminho pleno de esperança. Como o percorrido por Maria, que em meio ás trevas da Paixão e Morte de seu Filho, continuou a crer em sua ressurreição, na vitória do amor de Deus” concluiu o Santo Padre.

Com informações da Rádio Vaticano



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22 fevereiro, 2017

Papa Francisco fala sobre esperança cristã e a criação

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O Papa Francisco falou sobre a esperança cristã e a criação durante a catequese proferida para cerca de 10 mil fiéis nesta quarta-feira (22/02), no Vaticano. “Se prestarmos atenção, tudo a nosso redor geme: geme a própria criação, gememos nós seres humanos e geme o Espírito dentro de nós, no nosso coração”, disse o Santo Padre durante a Audiência Geral desta, que voltou a ser realizada na Praça São Pedro.



Francisco recordou que Deus confiou aos homens a proteção da natureza para que estes pudessem entrar em relação com Ele, reconhecendo nela o seu vestígio. Porém, quando se deixa levar pelo egoísmo, o ser humano acaba por arruinar inclusive as coisas mais belas. “E, infelizmente, a consequência de tudo isso está dramaticamente sob os nossos olhos, todos os dias”, disse o Pontífice.

Como exemplo, o Papa falou da água, “que nos dá a vida, mas para explorar os minerais, a água é contaminada e se destrói a criação”. Onde tudo remetia ao Pai Criador e ao seu amor infinito, agora traz o sinal triste e desolador do orgulho e da voracidade humanas.

O Senhor, porém, não abandona o homem e nem o deixa só. Este quadro desolador oferece uma perspectiva nova de libertação, de salvação universal.


“Se prestarmos atenção, tudo a nosso redor geme: geme a própria criação, gememos nós seres humanos e geme o Espírito dentro de nós, no nosso coração”,  prosseguiu o Papa. Esses gemidos não são uma lamentação estéril, desconsolada, mas – como destaca o Apóstolo – são os gemidos de uma mulher prestes a dar à luz; são gemidos de quem sofre, mas sabe que está para chegar uma nova vida. “E no nosso caso é realmente assim”, acrescentou Francisco.

O cristão não vive fora do mundo, sabe reconhecer na própria vida e naquilo que o rodeia os sinais do mal, do egoísmo e do pecado. É solidário com quem sofre, com quem chora, com quem está marginalizado, com quem se sente desesperado. Ao mesmo tempo, porém, o cristão aprendeu a ler tudo isso à luz da Páscoa, com os olhos de Cristo Ressuscitado, e sabe que o presente é tempo de expectativa, tempo animado por um anseio que vai para além do presente.

Na esperança, é possível saber que o Senhor quer curar definitivamente, com a sua misericórdia, os corações feridos e humilhados e aquilo que o homem deturpou com a sua impiedade, tudo regenerando num mundo novo e numa humanidade nova reconciliados finalmente no seu amor.

A mensagem final do Papa Francisco foi de esperança: “Quando somos tentados pelo desânimo, pelo pessimismo, caindo em inúteis lamentações ou ficando sem saber que pedir ou esperar, vem em nosso auxílio o Espírito Santo, que mantém vivos os gemidos e anseios do nosso coração. O Espírito vê, por nós, para além das aparências negativas do presente e revela-nos já agora os novos céus e a nova terra que o Senhor está preparando para a humanidade”.

Ao final da catequese, o Papa assistiu a uma apresentação circense. Ao saudar os grupos presentes na Praça, Francisco fez um apelo especial em prol do Sudão do Sul.

“Provocam particular apreensão as dolorosas notícias que chegam do martirizado Sudão do Sul, onde a um conflito fratricida se une uma grave crise alimentar, que condena à morte por fome milhões de pessoas, entre as quais muitas crianças. Neste momento, é mais necessário do que nunca o empenho de todos a não ficar somente nas declarações, mas a tornar concretas as ajudas alimentares e a permitir que possam chegar às populações sofredoras. Que o Senhor ampare esses nossos irmãos e os que atuam para ajudá-los”.

Com informações da Rádio Vaticano

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15 fevereiro, 2017

Papa Francisco: a esperança cristã é sólida e não decepciona

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- Papa Francisco na Audiência Geral - Foto: reprodução / CTV - 
Durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 15 de fevereiro, Papa Francisco deu sequência ao ciclo de catequeses refletindo sobre a Carta de São Paulo aos Romanos. Diante de milhares de peregrinos presentes na Sala Paulo VI, no Vaticano, o Santo Padre sublinhou que a esperança cristã é sólida e não decepciona, pois “o seu fundamento é o que de mais fiel e seguro que pode existir, ou seja, o amor de Deus por nós”.



Em sua reflexão sobre a Carta de São Paulo aos Romanos, o Pontífice ressaltou que “desde pequenos nos é ensinado que vangloriar-se não é uma coisa bonita”, mas o Apóstolo surpreende convidando a se vangloriar por duas vezes.

Abundância da graça


“Mas, do que é justo nos vangloriar? Como é possível fazer isso sem ofender, sem excluir ninguém?”, perguntou o Santo Padre.

Segundo Francisco, no primeiro caso, somos convidados a nos vangloriar da abundância da graça de Deus que recebemos de Jesus Cristo.

“Paulo quer nos fazer entender que, se aprendemos a ver os acontecimentos à luz do Espírito Santo, percebemos que tudo é graça. Se prestarmos atenção, quem age na história assim como em nossa vida, não somos nós sozinhos, mas é sobretudo Deus. Ele é o protagonista absoluto que cria todas as coisas como um dom de amor, que tece a trama de seu desígnio de salvação, levado à plenitude em Jesus. Quando acolhemos com gratidão essa manifestação do amor de Deus, experimentamos uma paz que se estende a todas as dimensões de nossa vida: Estamos em paz com nós mesmos, estamos em paz na família, em nossa comunidade, no trabalho e com as pessoas que encontramos a cada dia em nosso caminho”, disse ainda o Papa.


Misericórdia de Deus


O Pontífice também afirmou que São Paulo também convida os fiéis a se ufanarem de suas tribulações, mesmo não sendo uma situação fácil de se compreender.

“Trata-se de algo mais difícil e pode parecer que não tenha nada a ver com a condição de paz que acabamos de descrever. Contudo, devemos pensar que a paz que Deus nos oferece não significa ausência de dificuldades, preocupações, desilusões e sofrimentos, mas é um dom que nasce da experiência de sabermos que somos amados por Ele, que sempre nos acompanha e nunca nos abandona. Isso faz com que sejamos pacientes nas tribulações, pois a misericórdia de Deus é maior do que tudo”, disse Francisco.

“Por isso, a esperança cristã é sólida, não decepciona. O seu fundamento não está no que nós podemos ou não fazer, e nem no que podemos crer. O seu fundamento é o que de mais fiel e seguro possa existir, ou seja, o amor de Deus por nós. É fácil dizer: Deus nos ama. Todos dizemos isso. Mas pensem um pouco: cada um de nós é capaz de dizer: Estou certo de que Deus me ama? Não é muito fácil dizer isso. É um bom exercício dizer a si mesmo: Deus me ama. Esta é a raiz de nossa segurança, a raiz da esperança”, sublinhou Francisco.

Vangloriar-se do amor de Deus


“O Senhor infundiu abundantemente em nossos corações o Espírito, que é o amor de Deus, como artífice, como garante, para que possa alimentar dentro de nós a fé e manter vida essa esperança. Deus me ama! Mas neste momento difícil? Deus me ama. E eu que fiz coisas feias e más? Deus me ama. Esta certeza ninguém pode nos tirar e devemos repeti-la como uma oração: Deus me ama. Estou certo de que Deus me ama.”

Agora, compreendemos porque o Apóstolo Paulo nos exorta a nos vangloriar sempre de tudo isso. “Vanglorio-me do amor de Deus, porque Ele me ama. A esperança que nos foi dada não nos separa dos outros, e muito menos me leva a desacreditá-los ou marginalizá-los. Trata-se de um dom extraordinário do qual somos chamados a ser ‘canais’ para todos, com humildade e simplicidade. Então, a nossa maior glória será a de ter como Pai um Deus que não tem preferências, que não exclui ninguém, mas que abre a sua casa a todos os seres humanos, começando pelos marginalizados e distantes, para que como seus filhos aprendamos a nos consolar e nos ajudar reciprocamente”.

Com informações da Rádio Vaticano

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08 fevereiro, 2017

Não conhece a esperança quem se fecha no próprio bem-estar, afirma Papa Francisco

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| Papa Francisco durante a Audiência Geral de 8 de fevereiro de 2017 - Foto: Captura de vídeo / CTV |

A esperança é fonte de conforto recíproco e, para se alimentar, precisa de um corpo, em que os vários membros se apoiam e se animam reciprocamente. Está foi a tônica da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (08/02), na Sala Paulo VI, no Vaticano.



Prosseguindo com a leitura da Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses, o Pontífice destacou que “a esperança cristã não tem somente um respiro pessoal, individual, mas comunitário, eclesial”.

“Não se aprende, sozinho, a esperar. Não é possível. A esperança, para se alimentar, precisa de um corpo, em que os vários membros se apoiam e se animam reciprocamente. Isto significa que esperamos, porque muitos irmãos e irmãs nos ensinaram a esperar e mantiveram viva a nossa esperança. Dentre eles se destacam os pequenos, os pobres, os simples e os marginalizados. Não conhece a esperança quem se fecha no próprio bem-estar. Espera somente em seu bem-estar e isso não é esperança. É segurança relativa”, disse Francisco.

Corpo solidário


Papa Francisco afirmou que quem espera são aqueles que experimentam a cada dia a provação, a precariedade e o próprio limite.

“Esses nossos irmãos nos dão o testemunho mais bonito, mais forte, porque permanecem firmes na confiança em Deus, sabendo que além da tristeza, da opressão e da inevitabilidade da morte, a última palavra será a sua, uma palavra de misericórdia, vida e paz”, sublinhou ainda o Santo Padre.


Segundo o Papa, “a morada natural da esperança é um corpo solidário. No caso da esperança cristã, este corpo é a Igreja”.

“Os primeiros a serem chamados a alimentar a esperança são aqueles aos quais foram confiados o cuidado e a orientação pastoral; e não por serem melhores do que os outros, mas em virtude do ministério divino, que supera as suas próprias forças. Por isso eles têm tanta necessidade de respeito, de compreensão e do apoio benevolente de todos”.

Consolo


 “O Apóstolo Paulo pede a nossa atenção aos irmãos e irmãs cuja esperança corre maior risco de cair no desespero”.  Segundo Papa Francisco, Paulo se refere aos frágeis e aos oprimidos pelo peso da vida e das próprias culpas e que estão sem forças para se levantar.

“Nestes casos, a proximidade solidária e o calor da Igreja deve fazer-se ainda mais intenso e amoroso, sob as formas de compaixão, que não é ter piedade, mas sofrer com o outro, aproximar-se de quem sofre, conforto e consolo”, declarou o Pontífice.

Como escreve Paulo aos Romanos, «nós, os fortes, temos o dever de carregar as fraquezas dos que são frágeis e não procurar aquilo que nos agrada». “Este dever não está circunscrito aos membros da comunidade eclesial, mas estende-se a todo o contexto civil e social como apelo a não criar muros, mas pontes, a não pagar o mal com o mal, mas vencer o mal com o bem, a ofensa com o perdão, a viver em paz com todos”.

Papa Francisco ainda disse que o cristão nunca deve dizer expressões como “você vai me pagar!”. Segundo ele, esta é uma atitude não cristã, ofensiva e “é vencida com o perdão”.

Espírito Santo


“Esta é a Igreja e isto é o que realiza a esperança cristã, quando assume os traços fortes e, ao mesmo tempo, tenros do amor. O amor é forte e tenro. É belo! O sopro vital, a alma desta esperança é o Espírito Santo. Sem o Espírito Santo não há esperança. Ele é quem molda as nossas comunidades, num Pentecostes perene, como sinais vivos de esperança para a família humana”.

No final da audiência, o Papa Francisco recordou que nesta terça-feira (07/02), foi beatificado em Osaka, no Japão, Justo Takayama Ukon, leigo japonês martirizado, em Manila, em 1615. “Ao invés de negar sua fé, renunciou a honrarias e privilégios, aceitando a humilhação e o exílio. Permaneceu fiel a Cristo e ao Evangelho. Por isso, é um grande exemplo de fortaleza na fé e dedicação na caridade”.

O Papa lembrou que no próximo sábado, Festa de Nossa Senhora de Lourdes, se realizará o 25º Dia Mundial do Enfermo. A celebração principal se realizará em Lourdes e será presidida pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin.

Francisco convidou a rezar, por intercessão da Santa Mãe de Deus, pelos doentes, especialmente os mais graves e sozinhos, e também por todos aqueles que cuidam deles.

Com informações de Rádio Vaticano


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01 fevereiro, 2017

Papa Francisco: A esperança cristã é a esperança da salvação

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| Papa durante a Audiência. Foto: Lucía Ballester / ACI Prensa |

A esperança cristã é a esperança da salvação. Este foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira, 1º de fevereiro, na Sala Paulo VI. Diante de seis mil fiéis, o Pontífice prosseguiu sua série sobre a esperança. Depois de tratar desta virtude no Antigo Testamento, nas próximas semanas a leitura será feita a partir do Novo Testamento, começando pela Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses.



Quando o Apóstolo a escreve, passaram-se poucos anos da Páscoa de Cristo. A dificuldade da comunidade não era reconhecer a ressurreição de Jesus, mas a ressurreição dos mortos: dúvida que acomete os fiéis ainda hoje toda vez que perdem uma pessoa querida.

“Realmente existe a vida depois da morte? Poderei rever e reabraçar as pessoas que amei? Pergunta que uma senhora me fez poucos dias atrás”, contou o Pontífice. Diante dos temores e da perplexidade dos tessalonicenses, São Paulo os convida a manter firme a esperança da salvação como um capacete sobre a cabeça.

“Eis a esperança cristã. Quando se fala de esperança, podemos ser levados a compreendê-la segundo a acepção comum do termo, em referência a algo belo que desejamos, que pode ou não se realizar. Quando se diz por exemplo: espero que amanhã o tempo seja bom. Mas a esperança cristã não é assim. A esperança cristã é a espera em algo que já aconteceu e que certamente acontecerá para cada um de nós”.


“A nossa ressurreição e aquela dos mortos não é algo que poderá ou não acontecer, mas é uma realidade certa, enquanto radicada no evento da ressurreição de Cristo”, explicou o Papa. Um velhinho, contou Francisco, dizia que não tinha medo da morte, mas tinha medo de vê-la chegar. “A porta está ali, é preciso caminhar até ela”.

“Esperar significa aprender a viver na espera e encontrar a vida. Quando uma mulher descobre que está grávida, todos os dias aprende a viver na espera de ver o olhar daquela criança que virá. Também nós devemos aprender essas esperas humanas e viver na espera de ver o Senhor, de encontrá-Lo. Isso não é fácil, mas se aprende: viver na espera”.

Isso, porém – prosseguiu Francisco – implica um coração humilde, pobre. Somente um pobre sabe esperar. Quem já é pleno de si e dos seus pertences, não sabe depositar a própria confiança em ninguém a não ser em si mesmo.

O Papa concluiu com uma expressão de São Paulo que o impressiona: “E assim, estaremos para sempre com o Senhor”. “Vocês acreditam nisso?”, brincou Francisco, convidando os fiéis a repetirem três vezes a frase de Paulo. “Assim – finalizou – com o Senhor nos encontraremos”.

Com informações da Rádio Vaticano


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25 janeiro, 2017

Papa Francisco na catequese: aprendamos a não impor condições a Deus

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| Papa Francisco durante a catequese desta quara-feira, 25/01 - Foto: Reprodução/CTV |
Papa Francisco exortou os fiéis a “não impor condições a Deus” e a não querer “ensinar a Deus aquilo que Ele deve fazer”. Durante a Audiência Geral desta quarta-feira (25/01), na Sala Paulo VI, o Pontífice incentivou os presentes a confiar em Deus e em seus caminhos.



Seguindo o clico de catequeses sobre a esperança, Papa Francisco se deteve sobre Judite, a grande heroína de Israel que encorajou os chefes e o povo de Betúlia a esperarem incondicionalmente no Senhor e assim fazendo, libertou a cidade da morte.

A narração conta que o exército de Nabucodonosor, comandado pelo general Holofernes, assediou Betúlia cortando o fornecimento de água e enfraquecendo assim a resistência da população. A situação ficou dramática ao ponto que os moradores pedem aos anciãos que se rendam aos inimigos. O fim é inevitável, a capacidade de confiar em Deus exaurida, e para fugir da morte, não resta nada a não ser se entregar.

Papa Francisco continuou o relato e explicou que diante de tanto desespero, os chefes do povo propuseram esperar cinco dias, para ver se Deus os socorreria.


“É aqui que entra Judite: ‘Agora, colocais o Senhor todo-poderoso à prova! Mesmo que Ele não queira enviar-nos auxílio durante estes cinco dias, tem poder para nos proteger dos nossos inimigos, em qualquer outro momento que seja do seu agrado. Esperemos pela sua libertação!’”, disse.

Francisco ressaltou a figura de Judite naquela situação. “Esta mulher, viúva, arrisca até fazer um papelão diante dos outros, mas é corajosa, vai adiante”.

Analisando o episódio, Francisco manifestou sua opinião de disse que “as mulheres são mais corajosas que os homens”.

Com a força de um profeta, aquela mulher convida a sua gente a manter viva a esperança no Senhor, explicou Francisco, e aquela esperança foi premiada: Deus salvou Betúlia pela mão de Judite.

“Com ela, aprendamos a não impor condições a Deus. Confiar Nele significa entrar nos seus desígnios sem nada pretender, aceitando inclusivamente que a sua salvação e o seu auxílio nos cheguem de modo diferente de nossas expetativas. Nós pedimos ao Senhor vida, saúde, amizade, felicidade… E é justo que o façamos; mas na certeza que Deus sabe tirar vida até da morte, que se pode sentir paz mesmo na doença, serenidade mesmo na solidão e felicidade mesmo no pranto. Não podemos ensinar a Deus aquilo que Ele deve fazer, nem aquilo de que temos necessidade. Ele sabe isso melhor do que nós; devemos confiar, porque os seus caminhos e os seus pensamentos são diferentes dos nossos.

E outra vez, antes de concluir, o Papa mencionou o papel das mulheres e avós. “Quantas vezes ouvimos palavras corajosas de mulheres humildes... que pensamos, sem desprezá-las, que são ignorantes... mas são as palavras da sabedoria de Deus, as palavras das avós que tantas vezes sabem dizer a coisa certa... palavras de esperança. Elas têm experiência de vida, sofreram tanto. Confiaram em Deus, que lhes deu este dom”.

“Esta é a oração da sabedoria, da confiança e da esperança”, terminou o Papa, concedendo em seguida a bênção apostólica.

Com informações da Rádio Vaticano


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18 janeiro, 2017

A oração alimenta a esperança, afirma Papa durante catequese

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Durante a audiência geral realizada nesta quarta-feira (18/01) na Sala Paulo VI, no Vaticano, o Papa Francisco centrou o tema da catequese em “Jonas, a esperança e a oração” e afirmou aos fiéis presentes que a oração alimenta a esperança.



Francisco se concentrou de modo mais concreto na decisão do homem de se colocar em oração movido pela esperança no perdão de Deus. O Pontífice ainda mencionou a parábola do Profeta Jonas, em cuja vida esta relação ficou bem clara.

Jonas é um profeta “em saída”, “em fuga”, disse o Papa, um profeta que Deus enviou “à periferia”, em Nínive, para converter os moradores daquela grande cidade.  Mas o profeta não quis ir e entrou em um navio com o propósito de seguir na direção oposta.

Na fuga, o profeta entrou “em contato com os pagãos, os marinheiros do navio, para se afastar de Deus e de sua missão”. “E é justamente o comportamento destes homens que nos faz hoje refletir sobre a esperança que, diante do perigo e da morte, se expressa em oração”, disse Francisco.

O Santo Padre destacou que uma grande tempestade ameaçou afundar o navio e que todos os tripulantes, desesperados, começam a rezar cada um ao seu próprio deus para que os salvasse, exceto Jonas, que dormia no porão. O comandante o acorda dizendo -lhe: “Invoca o teu Deus, a ver se por acaso se lembra de nós e nos livra da morte”.


Nestas palavras – explicou o Pontífice – transparece toda a esperança do ser humano na sua impotência face a um perigo mortal. É a esperança que se faz oração, uma súplica cheia de angústia que sobe dos lábios humanos em perigo iminente de morte.

O fato destas palavras saírem da boca de “pagãos”, como era o comandante do navio, só confirma como a necessidade de o fazer seja intuitiva e generalizada na alma humana. O pavor instintivo de morrer revela a necessidade de esperar no Deus da vida.

“Muitas vezes, facilmente, nós não nos dirigimos a Deus no momento da necessidade por considerarmos uma oração interesseira e imperfeita. Deus, no entanto, conhece as nossas fraquezas, sabe que nós nos recordamos Dele para pedir ajuda, e com o sorriso indulgente de um pai, responde positivamente”, declarou o Pontífice.

“Quando Jonas, reconhecendo as próprias responsabilidades, se joga no mar para salvar seus companheiros de travessia, a tempestade se calma. Aceitando sacrificar-se por eles, Jonas agora conduz os sobreviventes ao reconhecimento do verdadeiro Senhor”.

E a oração ditada pela esperança surtiu efeito, Deus realizou quanto esperavam e pediam: o navio foi salvo, o profeta aprendeu a obedecer e Deus perdoou à cidade arrependida.

O Papa concluiu a reflexão afirmando que sob a misericórdia divina, e ainda mais, à luz do mistério pascal, a morte pode se tornar, como o foi para São Francisco de Assis, “nossa irmã morte” e representar, para cada homem e para cada um de nós, a surpreendente ocasião para conhecer a esperança e encontrar o Senhor.

Com informações da Rádio Vaticano


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11 janeiro, 2017

Depositar a esperança em Deus, não nos falsos ídolos, afirma o Papa

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(RV) O Papa Francisco se reuniu com cerca de seis mil fiéis na Sala Paulo VI para a Audiência Geral de quarta-feira (11/01). Em sua catequese, o Pontífice deu continuidade ao ciclo sobre a esperança cristã, advertindo desta vez sobre as falsas esperanças depositadas nos ídolos de que fala o Salmo 115.



Esperar é uma necessidade primária do homem, explicou o Papa. Mas é importante que esta esperança seja colocada em quem verdadeiramente possa ajudar a viver e dar sentido à nossa existência.

Diante das dificuldades da vida, podemos sentir a tentação de buscar consolações efêmeras para preencher o vazio da solidão. O perigo está em buscar uma segurança imediata. E nos iludimos de poder encontrar segurança no dinheiro, nas alianças com os poderosos, na mundanidade e nas ideologias. Estes são os falsos ídolos.


“Mas nós gostamos dos ídolos”, constatou Francisco, contando que em Buenos Aires, quando atravessava um parque para ir de uma igreja a outra, via inúmeros cartomantes. “Faziam até fila”, lembrou. “Você dá a mão e ouve: há uma mulher na sua vida, tem uma sombra, mas tudo acabará bem. Isso dá segurança”, disse o Papa. “É a segurança de uma estupidez. Este é o ídolo. ‘Ah, fui na cartomante e ela leu as cartas’. Sei que ninguém de vocês faz isso”, brincou Francisco com os fiéis. “Você paga para ter uma falsa esperança: compramos falsas esperanças” ao invés de confiar na esperança da gratuidade de Jesus.

Deste modo, reduzimos Deus aos nossos esquemas e ideias de divindade: um deus à nossa medida, que satisfaz as nossas exigências e intervém magicamente para mudar a realidade e torná-la como a queremos. Neste caso, o homem, feito à imagem de Deus, fabrica um deus à sua própria imagem e uma imagem mal acabada.

“Mas ficamos mais felizes em confiar nos falsos ídolos do que esperar no Senhor”, lamentou mais uma vez o Papa. À esperança no Senhor da vida, contrapomos a confiança em imagens mudas. Quando se tornam ídolos aos quais tudo se sacrifica, disse ainda o Pontífice, valores como o sucesso, o poder ou a beleza física confundem a mente e o coração e, em vez de favorecer a vida, conduzem à morte. Francisco citou o exemplo de uma mulher, muito bonita, que contava – como se fosse natural – que fez um aborto para preservar a beleza. “Estes são os ídolos que o levam para o caminho errado e não levam a lugar nenhum.”

Por isso, a mensagem do Salmo é clara. Se depositarmos a esperança nestes ídolos, ficaremos como eles: imagens vazias, com mãos que não tocam, pés que não caminham e bocas que não falam. Não temos nada para dizer, tornamo-nos incapazes de ajudar, mudar as coisas, sorrir, doar-se e amar. E também os homens de Igreja correm este risco quando se ‘mundanizam’: “É preciso estar no mundo, mas defender-se das ilusões do mundo”.

Concluindo, o Papa recordou que a esperança em Deus jamais desilude. “Já os ídolos desiludem sempre. São fantasias, não realidades.” Se depositarmos a nossa esperança em Deus, vamos nos tornar como Ele, partilhando a sua vida e irradiando a sua bênção. “E neste Deus confiamos. E este Deus, que não é um ídolo, jamais desilude.”



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09 outubro, 2013

Audiência: "A Igreja não é um grupo de elite, mas a casa de toda a humanidade"

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(RV) Milhares de fiéis e peregrinos, mais de 80 mil, lotaram a Praça S. Pedro desde as primeiras horas da manhã para participar da Audiência Geral com o Papa Francisco – a 20ª de seu pontificado.

Antes das 10h, o Pontífice já estava na Praça, com o seu jipe, para receber e retribuir o carinho dos fiéis, apesar da chuva que caiu naquele momento. De fato, ao tomar a palavra, o Papa parabenizou a “coragem” dos presentes frente a este mau tempo. Na catequese sobre o Credo neste Ano da Fé, o Papa discorreu sobre uma das características da Igreja, a catolicidade.

Confessamos que a Igreja é católica, primeiro porque a todos oferece a fé por completo. A Igreja nos faz encontrar a misericórdia de Deus, que nos transforma. Nela está presente Jesus Cristo, que lhe dá a verdadeira confissão de fé, a plenitude da vida sacramental, a autenticidade do ministério ordenado. Na Igreja, como acontece numa família, encontramos tudo o que nos permite crescer, amadurecer e viver como cristãos. Não se pode caminhar e crescer sozinhos, mas sim em comunidade.

Ir à Igreja, disse o Santo Padre, não é como ir ao estádio para ver um jogo de futebol ou ir ao cinema. É preciso nos interrogar sobre como acolhemos os dons que a Igreja oferece: “Participo da vida da comunidade ou me fecho nos meus problemas, isolando-me? Nesse sentido a Igreja é católica porque é a casa de todos. Todos são filhos da Igreja.

Em segundo lugar, a Igreja é católica, porque é universal, espalhada em todas as partes do mundo.

A Igreja não é um grupo de elite, não diz respeito somente a algumas pessoas, a Igreja não faz restrições. Ela é enviada à totalidade do gênero humano e está presente em todo o lado mesmo na menor das paróquias, porque também ela é parte da Igreja universal, tem a plenitude dos dons de Cristo, vive em comunhão com o Bispo, com o Papa e está aberta a todos sem distinção. A igreja não está somente na sombra do nosso campanário, mas abraça uma vastidão de pessoas, de povos que professam a mesma fé. Todos estamos em missão, temos que abrir as nossas portas e sair para anunciar o Evangelho.

Por fim, a Igreja é católica, porque é a casa da harmonia. Nela, se conjugam numa grande riqueza unidade e diversidade; como numa orquestra, onde a variedade dos instrumentos não se contrapõe, assim na Igreja, há uma variedade que se deixa harmoniosamente fundir na unidade pelo Espírito Santo.

Esta é uma bela imagem. Não somos todos iguais e não devemos sê-lo. Todos somos diferentes, cada um com as próprias qualidades. E esta é a beleza da Igreja. Cada um contribui com aquilo que Jesus deu para enriquecer um ao outro. É uma diversidade que não entra em conflito, não se contrapõe. Onde há intriga, não há harmonia. É luta. Jamais devemos falar mal uns dos outros. Aceitemos o outro, aceitemos que exista uma justa variedade. A uniformidade mata a vida, os dons do Espírito Santo. Peçamos a ele que nos torne sempre mais católicos, ou seja, universais.

Ao cumprimentar os peregrinos de língua portuguesa, o Pontífice saudou de modo especial os fiéis de duas paróquias do Rio de Janeiro e de São José dos Campos e os religiosos brasileiros em Roma.

A seguir, recordou que após a visita, um ano atrás, de Bento XVI ao Líbano, a língua árabe foi inserida na Audiência Geral, para expressar a todos os cristãos do Oriente Médio a proximidade da Igreja. E pediu, novamente, que rezemos pela paz no Oriente Médio: na Síria, no Iraque, no Egito, no Líbano e na Terra Santa, “onde nasceu o Príncipe da Paz, Jesus Cristo”.

Dirigindo-se aos bispos da Conferência Episcopal regional do norte da África, Francisco os encorajou a "consolidarem as relações fraternas com os irmãos muçulmanos".

Ao saudar os Bispos da Igreja de tradição alexandrina da Etiópia e Eritreia, o Pontífice mais uma vez expressou sua solidariedade na oração e na dor pelos muitos filhos dessas terras que perderam a vida na tragédia de Lampedusa.
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02 outubro, 2013

A Igreja santa acolhe também os pecadores, diz Papa na catequese

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Reunido com fiéis na Praça São Pedro, Papa lembrou que a Igreja é santa não por mérito humano, mas pela ação do Espírito Santo


(Canção Nova) Na catequese desta quarta-feira, 2, Papa Francisco refletiu sobre a santidade da Igreja. O Santo Padre recordou que esta é uma característica presente desde o início na consciência dos primeiros cristãos, porque estes tinham a certeza de que é a ação de Deus, o Espírito Santo, que santifica a Igreja.



O primeiro ponto explicado pelo Papa foi como a Igreja pode ser santa se é formada por homens pecadores. A resposta vem da reflexão de um trecho da Carta de São Paulo aos Efésios, em que o apóstolo afirma que Cristo amou a Igreja e deu a si mesmo por ela, para torná-la santa.

“É santa (a Igreja) porque é guiada pelo Espírito Santo que purifica, transforma, renova. Não é santa pelos nossos méritos, mas porque Deus a torna santa, é fruto do Espírito Santo e dos seus dons. Não somos nós a fazê-la santa: é Deus, é o Espírito Santo, que no seu amor, faz santa a Igreja!”.

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E esta santidade da Igreja a faz acolher a todos, mesmo os pecadores, chamando todos a deixar-se envolver pela misericórdia de Deus. “Na Igreja, o Deus que encontramos não é um juiz implacável, mas é como o Pai da parábola evangélica. Você pode ser como o filho que deixou a casa, que tocou o fundo do distanciamento de Deus. Quando tens a força de dizer: quero voltar pra casa, encontrarás a porta aberta, Deus vem ao seu encontro porque te espera sempre”.

O Papa disse ainda que a Igreja oferece a todos a possibilidade de percorrer o caminho de santidade, que é o caminho do cristão, especialmente na Confissão e na Eucaristia. “Nós nos deixamos santificar? Somos uma Igreja que chama e acolhe de braços abertos os pecadores, que dá coragem, esperança, ou somos uma Igreja fechada em si mesma?”, questionou o Pontífice.

Concluindo as reflexões, o Papa reforçou que os que se sentem pecadores, frágeis e indefesos não devem ter medo da santidade. Ele explicou, por fim, que a santidade não é fazer algo extraordinário, mas deixar Deus agir.

“É o encontro da nossa fraqueza com a força da Sua graça, é ter confiança em Sua ação que nos permite viver na caridade, fazer tudo com alegria e humildade, para a glória de Deus e no serviço ao próximo”.

Jéssica Marçal, com Rádio Vaticano
Da Redação

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05 junho, 2013

Na catequese, Papa fala do cuidado com a criação e alerta para a cultura do descartável

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(Canção Nova) Nesta quarta-feira, 5, Dia Mundial do Meio Ambiente, Papa Francisco dedicou sua catequese para falar do cultivo e do cuidado com a criação. O Santo Padre lembrou que estas são tarefas dadas por Deus ao ser humano e que dizem respeito não somente às relações entre o homem e a natureza, mas ao relacionamento humano. Nesse sentido, ele também falou da atual “cultura do descartável”, tendo em vista que, na data deste ano, o apelo é contra o desperdício de alimentos.
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29 maio, 2013

Igreja é família de Deus, declara Francisco

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Papa Francisco iniciou na manhã desta quarta-feira, 29 de maio, uma série de catequeses que irão refletir sobre o mistério eclesial. Em sua primeira análise, ainda seguindo a linha proposta para o Ano da Fé, o Santo Padre falou da “Igreja como Família de Deus”.

A Igreja “nasce do supremo ato de amor na Cruz, do lado trespassado de Jesus, de onde jorram sangue e água, símbolo dos sacramentos da Eucaristia e do Batismo”, afirmou o Papa Francisco. O Pontífice ainda acrescentou dizendo que ela é quem “nos leva a Cristo, que nos leva a Deus”. De fato, “a Igreja é a grande família dos filhos de Deus”.
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23 maio, 2013

Espírito Santo é o motor da evangelização, destaca Papa Francisco

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Em sua audiência geral desta semana, o Papa Francisco continuou a falar do Espírito Santo. Para o Santo Padre, é esse mesmo Espírito, “de fato, quem dá vida à Igreja, guia os seus passos” e a sustenta sua missão de evangelizar.

Baseado nos escritos de Paulo VI, Francisco assinalou que o Espírito Santo “é o verdadeiro motor da evangelização”. Foi essa força motriz que impulsionou os Apóstolos após a experiência de Pentecostes e “os transformou em anunciadores e testemunhas” das obras de Deus.
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